Mas daí ele cochilou.
Foram só uns minutos.
E ele sonhou. Sonhou e depois sonhou de novo.
O primeiro sonho foi sonho de passado.
O segundo sonho foi sonho de presente.
E o terceiro sonho foi sonho de futuro.
Quando acordou, não podia dormir novamente. Pensar era inevitável e os sonhos dançavam continuamente na cabeça.
Ele olhou a foto na prateleira, fundo naquela imensidão castanha.
Depois viu que horas eram no relógio.
Bocejou e tentou pensar em qualquer coisa que pudesse transformar em palavras ou música.
Mas o peito acelerou.
E ele, sem saber mais o que fazer, adormeceu sem sonhar.
Sonhar não era seu terreno.
A realidade era boa demais e valia mais do que o suficiente.